TRANSIÇÕES

ROLAR

O “rolar” é uma movimentação muito complexa e na verdade dividida em várias etapas! Inicialmente o bebê apenas “tomba” de um lado para o outro, depois o bebê realiza o rolamento pela metade e só depois ele consegue ir e voltar rolando de forma independente. E em cada fase podemos ajudar de uma forma:

1ª FASE: “TOMBAR” (4º MÊS AO 6º MÊS)

Vamos nomear como “tombar” essa fase inicial, na qual o bebê só consegue fazer um balancinho com o corpo!

COMO ESTIMULAR ? Inicialmente podemos auxiliá-lo com nossas próprias mãos. Apoiando em seus pés e levando o bebê de um lado para o outro, de forma sutil e tranquila, associando o estímulo com um brinquedo, conversando com o bebê ou com uma canção.

2ª FASE: “SEMI” ROLAMENTO: (5ºMÊS AO 8º MÊS)

O bebê inicia a movimentação deitado de barriga para cima, lateraliza o corpo e finaliza a movimentação na postura da esfinge.

COMO ESTIMULAR ? A primeira forma é sempre realizando o movimento ao lado do bebê e permitindo que ele te observe fazendo a movimentação. Depois, como fizemos na fase anterior, podemos auxiliá-lo com as nossas próprias mãos. Mas, para ensinar o semi rolamento é importante, antes de ajudar o bebê a completar a postura, afastar o braço do bebê para que ele não se machuque ao proporcionarmos a movimentação.

3ª FASE: ROLAMENTO COMPLETO: (5º MÊS AO 10º MÊS)

O bebê agora consegue partir de qualquer uma das posições, rolar e retornar pelo outro lado completando a postura.

COMO ESTIMULAR ? Agora, para essa fase final do rolamento, o bebê já tem força suficiente para conseguir realizar a movimentação completa, basta darmos oportunidade ao bebê e manter os estímulos no chão (claro, com um forro de EVA ou tapete interativo), mas quanto mais tempo esse bebê passar no chão com os seus brinquedos, mais movimentações para alcançá-los, ele precisará fazer, e isso é ESSENCIAL.

Podemos realizar o rolamento completo de forma que o bebê nos observe fazendo a movimentação e podemos também, auxiliar com as nossas próprias mãos para que a criança vivencie a postura uma primeira vez, mas após isso, devemos deixar o bebê livre para tentar completar o rolamento na intensão de explorar os movimentos de seu corpo, os brinquedos a sua volta e o próprio ambiente.

O que NÃO devemos fazer é facilitar o alcance dos brinquedos a todo o momento! Não vamos deixar o bebê irritado, mas é necessário sim gerar algum estresse, algum DESAFIO para que ele se proponha a realizar as movimentações mais complexas.

Em um primeiro momento, o bebê não irá conseguir e tudo bem pegarmos o brinquedo que ele desejava e entregá-lo ao bebê, mas não a todo momento. Vez ou outra, precisamos fazer com que ele tente buscar esse objeto e rolando pode ser uma forma de alcançá-lo (assim como rastejando, engatinhando, andando, mas para esses estímulos precisaremos acessar o tópico de “locomoção” na página inicial).

SEREIA ou SIDE SITTING (A PARTIR DO 6º MÊS)

É difícil determinar se “sereia” ou side sitting é uma postura ou uma transição, uma vez que o bebê consegue se manter nesta postura para fazer descobertas brincando, bem como pode usá-la como transição para assumir a postura de quatro apoios (e, eventualmente, engatinhar) ou semi ajoelhado (e, eventualmente, levantar e caminhar).

Para auxiliar o seu bebê a chegar nesta fase é importante que ele já esteja conseguindo sentar de forma independente, com apoio frontal, para que desta forma possamos trazer brinquedos e estimulações ao redor deste bebê criando o estímulo de lateralizar as perninhas.

PIVOTEAR (A PARTIR DO 5º MÊS)

A habilidade de girar em torno do próprio eixo, já possibilita o bebê de explorar o espaço e, de certa forma, “se deslocar, sem sair do lugar”. É uma forma de experimentar as movimentações mais avançadas sem ainda conseguir percorrer grandes percursos.

AJOELHADO E SEMI AJOELHADO (A PARTIR DO 10º MÊS)

A transição que garante a postura em pé do bebê que, futuramente, proporciona o caminhar!

Antes de mais nada é importante dizer que o bebê que deseja ficar em pé, ele precisa fazer isso SOZINHO! Não há problemas se precisarmos auxiliar um pouco, mas colocar o bebê em pé e segura-lo pelas axilas não é o certo e acaba atrapalhando o desenvolvimento do equilíbrio e do caminhar do bebê.

Então, a forma ideal do bebê se colocar em pé sozinho é realizando o ajoelhado e o semi ajoelhado, e uma maneira de estimular esse processo, é colocar o bebê próximo de estruturas rígidas e elevar os brinquedos e objetos de interesse do bebê, assim este bebê apoiará suas mãos na superfície, fará as transições das pernas e com o próprio impulso e força atinge a postura em pé.

Para ajudar o bebê, podemos colocar seu pé a frente e formar a postura do semi ajoelhado, bem como podemos realizar esta transição ao lado do bebê e deixa-lo observar para poder repetir. Nesses casos, parece loucura, mas o verdadeiro estímulo será promover OPORTUNIDADE para que o bebê possa se apoiar em algo (que pode ser o sofá, o berço, o “chiqueirinho”) para que sozinho ele atinja as posturas de semi ajoelhado e ajoelhado, para que futuramente ele ganhe força e realize já sem apoio.